Aline Cardoso de Souza
Resumo:
O estudo da variabilidade genética em populações é de grande importância para o melhorista, pois possibilita avaliar a qualidade das populações para efeito de seleção e uso em programas de melhoramento. O objetivo do presente trabalho foi obter informações sobre a variabilidade genética de populações semiexóticas em segundo ciclo de seleção recorrente e avaliar as mesmas quanto ao seu potencial agronômico e possibilidade de ganhos em novo ciclo de seleção. Foram instalados sete experimentos em blocos casualizados em Jataí-GO, com diferentes conjuntos de famílias de meios-irmãos obtidas de três populações semiexóticas (CRE-01, CRE-02 e CRE-03), avaliados em três repetições de parcelas de 4m (espaçamento de 0,90m) com 20 plantas. Os genótipos foram analisados com base em treze caracteres fenotípicos. As médias de produção de grãos (PG) em percentagem das testemunhas comerciais, P30K75 e SHS 4080, foram 93,8%, 89,4% e 94,6%, respectivamente para as três populações, mostrando um bom potencial produtivo. Para altura da planta (AP) e da espiga (AE), as médias foram 221,4, 237,0, 241,5 cm e 116,7, 134,6 e 137,3 cm, respectivamente, indicando que da população considerada como base para o primeiro ciclo de seleção recorrente houve uma diminuição em 10,3%, 4,3% e 7,6% e 17,4%, 8,7% e 12,3%, respectivamente. Para PG (g planta-1) as estimativas de parâmetros genéticos foram os seguintes: variância genética aditiva de 582,28, 406,70 e 238,11; herdabilidade de 59,17%, 49,82% e 38,53%; índice de variação de 0,70, 0,58 e 0,46; ganho com seleção para 20% de intensidade de 8,16%, 6,86% e 3,88%; ganho com seleção para 5% de intensidade de 10,81%, 10,47% e 5,32%, respectivamente para as populações CRE-01, CRE-02 e CRE-03. As populações semiexóticas apresentaram um padrão de variabilidade genética suficiente para continuar o programa de seleção recorrente.