Raquel dos Santos Carvalho
Resumo:
O conhecimento da variabilidade genética do cajuzinho-do-cerrado é importante para maximizar o uso dos seus recursos genéticos para futuros programas de melhoramento e de conservação da espécie. No presente trabalho, a variabilidade genética de 122 acessos de A. humile procedentes de 11 municípios (procedências) do Cerrado, foi quantificada por meio de marcadores RAPD. Os primers com maior expressão foram OPA11 e 08. Os dez primers utilizados geraram 157 bandas, sendo 156 polimórficas (99%), com média de 15,6 bandas/primer. Grande variabilidade dentro de municípios foi detectada, sendo o polimorfismo superior a 90 %, exceto da procedência Jataí-GO. Os acessos de Caiapônia-GO e Santo Antônio do Descoberto-GO foram os mais distantes geneticamente. A dissimilaridade total entre acessos variou de 0,103 a 0,796, com médias de 0,390. Os acessos 87 e 114 de Serranópolis-GO e Santo Antônio do Descoberto-GO, respectivamente, foram os mais distantes geneticamente, demonstrando a importância dessas procedências no enriquecendo do banco de germoplasma da espécie. O cajuzinho-do-cerrado apresenta alta taxa de variabilidade genética sendo considerada uma espécie potencial em programas de conservação in situ e ex situ e em programas de melhoramento genético sendo que a maior parte desta está dentro de suas populações.