LUANA DE OLIVEIRA RODRIGUES
Resumo:
A existência de variabilidade genética é condição básica para o sucesso num programa de melhoramento genético. O milho, como espécie (Zea mays L.) é caracterizado por uma ampla variabilidade (raças locais ou indígenas, populações adaptadas e germoplasma exótico ou semi-exótico). O presente trabalho foi conduzido para gerar informações sobre o potencial de produtividade e de variabilidade, bem como os efeitos de endogamia, em quatro populações semiexóticas. Foram utilizadas famílias não endógamas (irmãos germanos) e endógamas (S1), avaliadas em experimentos delineados como blocos casualizados com três repetições. Foram avaliados os seguintes caracteres: peso total de espigas despalhadas, peso total de grãos, altura da planta, altura da espiga, comprimento da espiga, diâmetro da espiga e grau de resistência a doenças. Também foram anotados: estande final, número total de espigas na parcela e número de plantas acamadas. As médias das famílias de irmãos germanos variaram de 4,8 a 5,8 t ha-1. As melhores populações foram às populações PAQ-01e PAQ-02, com produção (PE) de 54,6% e 57,5% das testemunhas. Para peso de grãos, esses valores representam 49,6% e 54,8%, respectivamente. Pelos resultados observa-se um bom potencial de produtividade das populações semiexóticas, indicando viabilidade na introgressão de germoplasma exótico para precocidade. As médias das famílias de autofecundação das quatro populações apresentaram elevado peso de espigas, e suas famílias S1 apresentaram variabilidade suficiente para serem exploradas em programas de seleção recorrente.