Eduardo Hélder Horácio
Resumo:
O feijão (Phaseolus vulgaris L.) e a mandioca (Manihot esculenta Crantz) são culturas de relevante importância socioeconômica no Brasil cujo cultivo consorciado visa a obtenção de alimentos energéticos e protéicos na mesma área, além de proporcionar maior rentabilidade pelo uso intensivo do solo não ficando dependente de uma única cultura. Objetivou-se com este trabalho avaliar o cultivo de mandioca e feijão em monocultivo e consórcio em experimento conduzido entre Outubro de 2013 e Maio de 2014 em Jataí-GO. Empregou-se o delineamento experimental de blocos casualisados, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram em arranjos de três fileiras simples de feijão em monocultivo (T1), quatro fileiras simples de feijão em monocultivo (T2), duas fileiras simples de mandioca em monocultivo (T3), duas fileiras simples de mandioca com três fileiras simples de feijão em consórcio (T4) e duas fileiras simples de mandioca com quatro fileiras simples de feijão em consórcio (T5). Avaliou-se a altura de plantas, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de cem grãos e produtividade do feijoeiro. Para cultura de mandioca foram avaliadas a altura de plantas, número de raízes, comprimento e diâmetro médio de raízes, massa in natura e seca de raízes. A partir dos valores de produtividade de cada cultura, utilizou-se a Razão de Área Equivalente como indicador agronômico usado para avaliar a eficiência do consórcio. Nenhuma das características avaliadas para a mandioca apresentou diferenças significativas em relação ao tipo de cultivo. Para o feijão apenas as características massa de 100 grãos e produtividade apresentaram diferenças significativa, sendo que a produtividade do feijão foi superior nos cultivos consorciados quando comparada ao monocultivo. A razão de área equivalente indicou vantagens para os tratamentos consorciados.