André Cavalet Chavaglia
Resumo:
A variabilidade genética presente na cultura do milho permite a sua semeadura em vários ambientes, sendo assim, a seleção de plantas mais adaptadas para cada região produtora pode melhorar a produtividade da cultura. A população avaliada no presente trabalho é um composto que foi derivado de híbridos comerciais, que tem como objetivo estimar a variabilidade genética, verificar o potencial produtivo e a depressão por endogamia para caracteres de importância agronômica e o nível de tolerância à doença foliar cercosporiose. Da população RV-02 foram geradas 182 famílias de meios-irmãos (MI) que foram distribuídos em 3 experimentos e 80 famílias S1. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com 3 repetições. Foram utilizadas duas testemunhas sendo uma medianamente suscetível a cercosporiose (SHS5050) e a segunda tolerante a cercosporiose (AG1051). Os genótipos foram avaliados em 12 caracteres quantitativos de interesse agronômico: florescimento masculino (FM) e feminino (FF); altura de planta (AP) e de espiga (AE); comprimento de pendão (CP) e ramificação de pendão (RP); número de espigas (NE); diâmetro de espigas (DE); comprimento de espigas (CE); peso de espigas (PE); peso de grãos (PG) e avaliação de cercosporiose (ADC). Para o caráter PG, as famílias MI produziram em média 5,17 t ha-1, com produção máxima de 9,79 t ha-1 e mínima de 1,98 t ha-1, variabilidade genética aditiva de 312,74 g planta-1, herdabilidade média de 59,14% e índice de variação de 0,70. Algumas famílias que não diferiram estatisticamente para produção de grãos, foram classificadas tolerantes a cercosporiose. Na análise das famílias S1, o PG obteve 3,27 t ha-1, herdabilidade de 74,04% e depressão por endogamia de 36,43%. As famílias MI e famílias S1 possuem variabilidade genética e potencial produtivo para serem exploradas em programas de melhoramento além de tolerância ao fungo Cercospora zeae-maydis.