Panmera Almeida Helrigel
Resumo:
Desenvolveu-se esse estudo com objetivo de determinar a dose de celulase a ser adicionada ao processo de ensilagem do capim mombaça e o período mínimo de fermentação para abertura do silo. Foram realizadas análises da composição bromatológica, digestibilidade da parede celular e características de fermentação. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 3 x 3, sendo três doses de celulase peso/peso (0, 3 e 6%) e três períodos de fermentação (30, 60 e 120 dias), totalizando 36 silos experimentais. Para ensilagem, o capim mombaça foi cortado em altura aproximada de 80 cm, a 20 cm do nível do solo. A adição da enzima foi eficiente em melhorar os parâmetros fermentativos e bromatológicos das silagens do cultivar em questão. A adição de celulase promoveu redução de 5,7% nos teores de FDN, em relação ao controle, consequentemente, houve uma redução na digestibilidade da fibra de 6,6% em relação ao controle. Em contrapartida, houve incremento no teor de energia líquida de lactação, aumento esse de 15%, sendo o acréscimo de energia em maior proporção que a redução da digestibilidade. O uso de enzima resultou também em valores mais baixos de pH e mais elevados de acidez titulável, indicando que o processo fermentativo ocorreu dentro dos padrões recomendados. Após 30 dias de ensiladas, as silagens tratadas estavam aptas para o consumo animal. Após o período de 120 dias, todos os tratamentos apresentaram redução na qualidade indicando que silagens de capins tropicais deveriam ser utilizadas com até 60 dias de fermentação.